21 maio 2015

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A Sociedade de Arqueologia Brasileira tem a satisfação de convidar para o XVIII Congresso da SAB – Arqueologia para Quem?, evento que ocorrerá de 27 de Setembro a 02 de outubro de 2015, no Campus I da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, na cidade de Goiânia, Goiás.

A cada dois anos, centenas de arqueólogos que trabalham no Brasil se reúnem para apresentar e discutir os resultados de suas pesquisas. O Congresso da SAB é, por suas dimensões e repercussão, a principal reunião científica da arqueologia brasileira, com palestras, simpósios e sessões temáticas, representando uma grande oportunidade para pesquisadores e estudantes de se atualizarem, trocarem ideias, avaliarem o estado da arte da arqueologia no Brasil e traçar novos rumos para avançar no conhecimento e proteção do patrimônio arqueológico nacional. 

Esta reunião terá caráter comemorativo, uma vez que a SAB completará 35 anos. A Sociedade foi fundada em 1980, em Goiânia, no campus I da Universidade Católica de Goiás (hoje PUC-GO). A escolha do local do congresso tem significado especial na trajetória da SAB e da própria arqueologia brasileira.


Assim sendo, julgamos pertinente, neste momento histórico, refletir sobre a nossa trajetória como campo disciplinar e nos perguntar: "Para quem fazemos arqueologia?"

A cada congresso um tema maior é escolhido, refletindo os dilemas e direcionamentos da disciplina naquele momento. Este ano propomos uma reflexão ampla sobre PARA QUEM fazemos arqueologia. Entendemos que esta reflexão, mais do que necessária, venha a responder questões relativas a um momento bastante específico da arqueologia no Brasil. É fato que nas últimas décadas a prática da pesquisa arqueológica no Brasil cresceu muito em função da demanda advinda do licenciamento ambiental na implantação de pequenos e grandes empreendimentos, e  também da necessária regularização e profissionalização da pesquisa e no desenvolvimento de políticas de preservação deste patrimônio por órgão reguladores do governo. A arqueologia deixou de ser apenas área de conhecimento acadêmico, para fazer uma real diferença na vida de muitas pessoas, sejam elas ligadas ao planejamento e construção de empreendimentos que envolvem o patrimônio arqueológico, sejam elas pessoas ou comunidades inteiras afetadas de diversas maneiras por estes empreendimentos.

Portanto, um congresso de arqueologia no Brasil hoje deve buscar discutir este novo papel da arqueologia; se é fato que o motor maior da pesquisa arqueológica é a vontade de conhecer e preservar o patrimônio cultural do país, isto não pode mais ser feito de maneira isolada, sem incluirmos o principal sujeito para o qual produzimos este conhecimento e que é igualmente afetado por ele: o público.

Acreditamos que o reconhecimento e a valorização da herança cultural de uma sociedade forma cidadãos orgulhosos de seu passado e empenhados na construção de um futuro melhor para todos. No Brasil, a diversidade de nossas origens, heranças, memórias e tradições proporciona uma enorme criatividade cultural,  um potencial a ser canalizado para promover a inclusão social, o respeito à diferença e a valorização da pluralidade. Portanto, o conhecimento científico e acadêmico sobre nossas heranças culturais deve contribuir de forma efetiva para sua preservação e valorização.

ARQUEOLOGIA PARA QUEM?, o tema escolhido para o   XVIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, visa incentivar uma discussão mais  qualificada e aprofundada sobre esta relação entre a arqueologia e o público. Quais as formas mais efetivas de transferir o conhecimento arqueológico para os diferentes públicos? Como os empreendimentos podem contribuir para que o reconhecimento e valorização do patrimônio cultural nas comunidades em que atuam? Como os gestores públicos podem fazer uso do patrimônio arqueológico em suas localidades? Como o conhecimento arqueológico pode ser usado para a resolução de diferentes problemas sociais?  O que acontece quando a arqueologia deixa a esfera acadêmica para ser praticada de formas mais colaborativas, juntamente com as comunidades envolvidas?
Estas são algumas das questões que pretendemos abordar ao longo das conferências, simpósios, sessões temáticas e fóruns do XVIII Congresso da SAB. São temas que estão em consonância com debates entre arqueólogos na esfera local e global, acadêmica e empresarial, na gestão pública e privada e que, portanto, perpassam toda e qualquer prática da pesquisa arqueológica. 
Para discutir essas questões convidamos conferencistas que são pesquisadores reconhecidos, internacionalmente, por suas inovadoras reflexões sobre o campo da Arqueologia no mundo contemporâneo. Sua escolha teve como critérios, além de suas renomadas carreiras, seus temas de pesquisa que vão ao encontro dos desafios pelos quais a Arqueologia Brasileira, e a SAB, vem passando nos últimos anos.

Fonte: http://www.xviiicongresso.sabnet.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=732. Acesso em 21 Mar 2015.

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